Olá pessoal, selecionei algumas receitinhas de caldos e sopas para subir a temperatura hehehe
Caldinho de milho verde
2 latas de milho verde escorridas
1 caixinha de creme de leite
2 e ½ xícaras de leite
Azeite, sal, salsinha
Bata o milho no liquidificador com o leite e o creme de leite, passe na peneira, despreze o bagaço. Leve ao fogo, tempere com azeite e sal, deixe no fogo até ferver, ela engrossa um pouquinho. Sirva com torradas.
Caldo de Carne com Mandioca
1 quilo de mandioca
500 gramas de carne moida ou em cubos pequenos
2 cabeça de cebola em cubos
sal e pimenta a gosto
cheiro verde a gosto
Depois da mandioca descascada e retirar o talinho, coloque para cozinhar em dois litros de água até ficar em ponto de purê para engrassar o caldo. Enquanto isso tempere a carne que preferir e frite bem, acrescente o cheiro verde e a pimenta a gosto. Mantenha pelo menos um litro de água quente para acrescentar aos poucos durante o restante do preparo da receita. Bata toda a mandioca no liquidificador e despeje junto com a carne ainda no fogo, acerte no sal e no ponto do caldo, que pode ser mais cremoso ou um pouco mais ralo com o litro de água quente.
Caldo verde português
2 batatas grandes
1 caldo de calabresa (ou galinha)
2 gomos de linguiça calabresa
1 maço de couve
2 litros de água
1 cebola
Cozinhe as batatas na água com o caldo de calabresa (ou galinha). Quando estiverem bem macias, bata no liquidificador e reserve. Numa panela grande, frite a linguiça cortada em rodelas finas, quando estiverem bem fritas (não torradas) adicione a cebola também em rodelas. Junte o creme de batatas e deixe ferver, mexendo bem. Neste momento, prove o sal, pois a calabresa é salgada e tem o caldo de calabresa também. Por último coloque a couve fatiada bem fininha, cozinhe por uns 3 minutos. Não deixe cozinhar muito a couve para que ela fique bem verdinha. Regue com um fio de azeite extra virgem e sirva a seguir.
Sopa árabe
1 quilo de músculo bovino
1 litro de iogurte natural ou coalhada fresca
1 pacotinho de hortelã seca
1 colher de (sopa) de óleo de oliva
1 colher de (sopa) de amido de milho
5 dentes de alho
Cozinhe o músculo em água (pode acrescentar um caldo de costela ou de picanha na água) até ficar bem macio. Retire a carne e desfie. Separe o caldo. Em uma panela acrescente o iogurte natural e as três xícaras do caldo de carne preparado acima. Quando aquecer, acrescente uma colher de (sopa) de amido de milho para engrossar. Adicione a carne desfiada. À parte, em uma frigideira, frite os dentes de alho amassadinhos com óleo de oliva e umas três colheres de (sopa) de hortelã seca. Acrescente esse refogado a panela com a carne e iogurte. Sirva quente.
Sopa de brócolis cremosa com croutons
Croutons:
4 fatias de pão de forma
Azeite
Sopa:
100 gramas de farinha de trigo
100 gramas de manteiga
Pimenta-do-reino em pó
½ buquê de brócolis
2 litros de leite
Sal
Croutons:
Cortar o pão de forma em cubos iguais. Espalhar em uma assadeira e regar com um pouco de azeite. Levar ao forno pré-aquecido até que fique dourado.
Sopa:
Limpar e cortar o brócolis em pedaços pequenos e reservar. Em uma panela larga, derreta a manteiga em fogo baixo e adicione a farinha. Misture em fogo baixo até virar uma pasta amarela. Adicione o leite e brócolis já cortado. Deixe o leite engrossar em fogo médio, mexendo para não queimar no fundo. Depois de engrossar, bata no liquidificador até ficar homogênea e peneire em uma outra panela. Finalize com sal e pimenta-do-reino. Sirva com os croutons.
Sopa de músculo com legumes
200 gramas de músculo picado em pedaços médios
200 gramas de mandioquinha
200 gramas de mandioca
100 gramas de cenoura
100 gramas de chuchu
200 gramas de batata
Temperos e sal a gosto
2 colheres de óleo
2 dentes de alho
Pique todos os legumes em pedaços pequenos e reserve. Em uma panela de pressão, coloque o óleo e o alho picado. Adicione o músculo, refogue bem. Coloque os legumes e a água (suficiente para cobrir). Tempere tudo como gostar. Cozinhe em pressão por 20 minutos e sirva.
Sopa de quinua real
2 xícaras de (chá) de quinua real em grãos
1 xícara de (chá) de cenoura picada
1 xícara de (chá) de chuchu picada
1 xícara de (chá) de mandioquinha
2 colheres de (sopa) de óleo
4 xícaras de (chá) de água
Sal e alho a gosto
2 cebolas
Cozinhar os grão na água com uma pitada de sal e leve a geladeira por 15 minutos para esfriar. Em uma panela com óleo refogue a cebola, o alho amassado e os legumes cortados. Adicione 2 litros de água, o sal e deixe cozinhar até que os legumes estejam macios. Adicionar quinua cozida em grão e deixar por mais cinco minutos no fogo. Sirva quente.
Sopa de Pinhão Simples
1 xícara de pinhão cru
1 envelope de caldo de carne
Algumas gotas de limão
1 litro de água
Cebola e alho
Bata os pinhões, a cebola e o alho no liqüidificador, misturando um pouco de água. Coloque os ingredientes já triturados, o caldo de carne e o limão em uma panela com o restante da água, mexendo sempre. Se o caldo ficar muito grosso, acrescente mais água.
Bom Apetite a todos! logo estarei postando as receitinhas lights....
Bem Vindos
Aproveitem as informações e coloquem em prática.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
terça-feira, 28 de junho de 2011
Festa junina ou julina e os quitutes.
Festas juninas são sempre um convite à gula e, por isso, uma ameaça a quem está de dieta. Para piorar, os eventos coincidem com o frio. Mas não se engane. Ao contrário dos animais, que não usam roupa, o ser humano não precisa aumentar seu consumo calórico nesta época do ano.
“Em geral as pessoas gostam de consumir alimentos mais calóricos no inverno porque eles promovem
uma sensação de conforto”. Vinho quente, quentão, amendoim e canjica são alguns itens típicos que combinam com o clima, mas são bastante calóricos.
Um copo pequeno de quentão, para se ter uma ideia, tem 280 kcal.
A dica, para quem está de olho na balança, é controlar a quantidade. Para isso, nem pense em ficar de jejum para comer à vontade na festa, pois isso só aumenta o risco de você perder o controle e exagerar nas calorias. “Ao chegar no evento, veja o que há de opção e então pré-estabeleça o que você vai comer”. Outra recomendação é comer devagar, pois o cérebro leva cerca de 20 minutos para enviar o sinal de que é hora de parar.
Se você não quiser consumir calorias extras, o conselho é substituir os quitutes da festa pelo lanche da tarde. Considerando a média de calorias que uma pessoa precisa consumir por dia para não engordar,essa refeição pode ter até 300 kcal, se você é mulher, ou 375 kcal, se você é homem. Isso equivaleria a mais ou menos um copo pequeno de vinho quente e dez pinhões, ou um copo de canjica e dois pés de moloque.
Já se você não se contenta com pouco, o jeito é trocar o consumo na festa pelo jantar. Nesse caso, a recomendação é a mulher não consumir mais do que 700 kcal, e o homem, 870 kcal, o que garante uma refeição farta de quitutes.
E como esta semana está um frio danado aqui na nossa região, eu vou aproveitar para tomar um bom vinho e inovar com variados tipos de sopas.
Um abraço a todos!
terça-feira, 21 de junho de 2011
O friozinho já está aí, e agora o inverno também.
O Balão vai subindo, vai caindo a Garoa, o Céu é tão lindo e a Comida é tão boa!!! Pois é, além do Inverno, Junho traz também as delícias juninas e julinas, então o segredo é ter bom senso, sem radicalismo, no momento de desfrutar das comidas Típicas das Festas e da Estação: paçoca, pé-de-moleque, canjica, pamonha, caldinhos, bebidas e por aí vai...
Apesar de no frio o corpo pedir alimentos mais consistentes, que não as frutas e as verduras, devemos pensar na saúde, e que depois deste período a vida continua e as estações também, ou seja, Primavera. Muito cuidado para não abusar e pense sempre na moderação para não ganhar uns quilinhos e depois achar que fazendo dietas de restrição tudo estará certo para o Verão...
Em qualquer estação, o número de refeições deve ser o mesmo: três grandes refeições (café da manhã, almoço e jantar) e de duas a três pequenas refeições (colação, lanche e ceia). Variar os alimentos com a safra e com as oportunidades é muito bom, não podemos nos esquecer das combinações para não causar danos à saúde.
Pense então nas composições de caldos, cremes e sopas: modere no uso das raízes e tubérculos, pois apresentam maior concentração de carboidratos que os legumes de um modo geral. Pelo jeito o inverno deste ano será rigoroso em algumas localidades do nosso País, então, experimente a nossa proposta para aquecer seu corpo sem deixar a saúde de lado.
Receitinha
Creme de cenoura com gengibre ao perfume de laranja
Ingredientes:
•50 g de manteiga sem sal
•125 g de cebola picada
•500g de cenoura picada em rodelas
•2 L de água
•15g de gengibre
•100 ml de suco de laranja
•Sal a gosto
•Azeite
Modo de Fazer:
Dourar a cebola no azeite, acrescentar a cenoura picada em rodela e refogar por 3 minutos. Adicione o gengibre e a água e deixe ferver ate cozinhar a cenoura. Bata no liquidificador ate formar um creme homogêneo e volte para a panela. Temperar com sal, deixe ferver por 5 minutos. Finalize com o suco de laranja e decore com salsinha picada.
Safra
Kiwi
Laranja Lima
Mexerica
Tangerina Poncam
Abobora
Batata Doce
Berinjela
Cará
Ervilha
Inhame
Mandioca
Brócolis
Cenoura
Almeirão
Milho Verde
Palmito
Amendoim
Canjica
Cebola
Pinhão
Aproveitem a estação e até a próxima... beijosssssssssss
Apesar de no frio o corpo pedir alimentos mais consistentes, que não as frutas e as verduras, devemos pensar na saúde, e que depois deste período a vida continua e as estações também, ou seja, Primavera. Muito cuidado para não abusar e pense sempre na moderação para não ganhar uns quilinhos e depois achar que fazendo dietas de restrição tudo estará certo para o Verão...
Em qualquer estação, o número de refeições deve ser o mesmo: três grandes refeições (café da manhã, almoço e jantar) e de duas a três pequenas refeições (colação, lanche e ceia). Variar os alimentos com a safra e com as oportunidades é muito bom, não podemos nos esquecer das combinações para não causar danos à saúde.
Pense então nas composições de caldos, cremes e sopas: modere no uso das raízes e tubérculos, pois apresentam maior concentração de carboidratos que os legumes de um modo geral. Pelo jeito o inverno deste ano será rigoroso em algumas localidades do nosso País, então, experimente a nossa proposta para aquecer seu corpo sem deixar a saúde de lado.
Receitinha
Creme de cenoura com gengibre ao perfume de laranja
Ingredientes:
•50 g de manteiga sem sal
•125 g de cebola picada
•500g de cenoura picada em rodelas
•2 L de água
•15g de gengibre
•100 ml de suco de laranja
•Sal a gosto
•Azeite
Modo de Fazer:
Dourar a cebola no azeite, acrescentar a cenoura picada em rodela e refogar por 3 minutos. Adicione o gengibre e a água e deixe ferver ate cozinhar a cenoura. Bata no liquidificador ate formar um creme homogêneo e volte para a panela. Temperar com sal, deixe ferver por 5 minutos. Finalize com o suco de laranja e decore com salsinha picada.
Safra
Kiwi
Laranja Lima
Mexerica
Tangerina Poncam
Abobora
Batata Doce
Berinjela
Cará
Ervilha
Inhame
Mandioca
Brócolis
Cenoura
Almeirão
Milho Verde
Palmito
Amendoim
Canjica
Cebola
Pinhão
Aproveitem a estação e até a próxima... beijosssssssssss
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Mais uma vez falaremos da carne
A malfalada carne
Até hoje a ciência não conseguiu provar que dietas ricas em gordura animal provoquem ataque cardíaco ou encurtem a duração da vida. Quem foge de um churrasco como o diabo da cruz para poupar o coração pode estar fazendo sacrifício inútil.
A política de convencer a população a cortar carne vermelha da dieta, adotada há 30 anos por diversos países, inclusive pelo Brasil, precisa ser revista. Não apenas por falta de comprovação de suas vantagens, mas pela possibilidade de causar o estrago dos tiros que saem pela culatra: contribuir para engordar a população, como os dados epidemiológicos recentes parecem demonstrar.
Depois da Segunda Guerra, os norte-americanos ficaram surpresos com a alta incidência de infartos em homens de meia-idade e em mulheres na menopausa. Qual seria a explicação para esses casos? Certamente algo que o homem moderno andava fazendo de errado, pensaram logo.
Nos anos 1960, a contracultura atribuía à vida urbana os males que afligiam a humanidade. Muitos pregavam a alimentação vegetariana (sem defensivos químicos, é claro) como essencial à saúde plena. Nessa época, a ciência já havia demonstrado que:
1) a causa do infarto é a obstrução das artérias que irrigam o músculo cardíaco (coronárias), por placas que contêm colesterol;
2) o colesterol possui duas frações: uma delas protetora, outra potencialmente perigosa: o “bom”, ou HDL, e o “mau”, ou LDL;
3) gorduras saturadas, como as contidas na carne vermelha, no leite, nos queijos e nas frituras, provocam aumento do LDL, o colesterol “ruim”. Cortá-las da dieta faz o colesterol cair. Pouco, porém, não mais do que 10%;
4) cerca de metade dos ataques cardíacos ocorrem em pessoas com colesterol normal;
5) o risco de infarto não é o mesmo em todos os países. Finlandeses e escoceses, por exemplo, correm risco maior. Por causa da gordura na dieta, concluíram todos, sem lembrar que, entre os povos do Mediterrâneo, o consumo de gordura animal aumentou nos últimos 30 anos, enquanto a mortalidade por infarto diminuiu proporcionalmente.
Na década de 1980, um estudo da Universidade da Califórnia mostrou que a colestiramina, um dos primeiros medicamentos capazes de reduzir os níveis de colesterol, quando administrado a homens com LDL muito alto, reduzia em 1,6% o número de ataques cardíacos e em 0,4% a mortalidade.
Estavam reunidos os ingredientes para a confusão geral que viria em seguida: se um remédio que abaixa o colesterol reduz a prevalência de ataque cardíaco e se dieta pobre em gordura diminui pelo menos um pouco os níveis de colesterol, então cortar gordura da dieta só pode ser bom para o coração!
Parece lógico, mas não é. Para comprovar que a ação de uma droga tem efeito idêntico ao da retirada de um item da dieta, seria necessário um estudo com centenas de milhares de participantes seguidos por décadas, com rigor. Estima-se que um trabalho desses custasse US$ 1 bilhão, quantia que ninguém teve coragem de investir.
Apesar da inexistência desse estudo decisivo, as autoridades médicas americanas decidiram recomendar à população que reduzisse drasticamente o consumo de gordura animal. Se não fizesse bem para o coração, pelo menos ajudaria a emagrecer, imaginavam: a carne é mais calórica. Realmente, um grama de gordura produz nove calorias, contra quatro produzidas por um grama de açúcar ou de proteína.
A repercussão desse tema na mídia foi tão grande que o colesterol entrou para o repertório popular. Muitos países adotaram a moda americana: cortar gordura animal da dieta de todos, até de crianças pequenas! A oferta de alimentos com baixos teores gordurosos explodiu. Passados trinta anos, o que aconteceu?
Descontadas as pessoas que, por razões genéticas, apresentam LDL muito elevado e, de fato, correm um pouco mais de risco de ataque cardíaco mesmo com aumentos pequenos nesses valores – e por isso precisam comer menos gordura animal -, para as demais, a grande maioria da população, nenhum dos estudos realizados para provar que a ingestão de carne interfere na longevidade teve êxito.
Alguma coisa temos de comer, não é lógico? Se não for carne, será o quê? Como não é fácil substituir o bife do almoço por uma saladinha, sem carne atacamos pães, arroz, macarrão e doces, alimentos ricos em carboidratos, menos calóricos do que a carne, é verdade, mas devorados em quantidades muito maiores, compulsivamente muitas vezes, como se faz com bolos, sanduíches e chocolates.
O caso americano é didático: em 1980, cerca de 40% das calorias ingeridas na dieta vinham da gordura animal. Depois de 20 anos de campanha feroz contra a carne, reduziu-se esse número para 34% no ano 2000. Pela lógica, as pessoas deveriam ter emagrecido, já que cortaram um alimento altamente calórico! O que aconteceu? Em 1980, a obesidade afligia 14% dos americanos, hoje ultrapassou 22%.
Engordar piora o perfil lipídico, aumenta a probabilidade de desenvolver diabetes, de ter pressão alta e de levar vida sedentária. Esses, sim, são fatores que provocam risco de ataques cardíacos, de derrames cerebrais e de morte precoce.
Com exceção da citada minoria de pessoas com níveis muito elevados de LDL, prometer saúde e longevidade a todos os que deixarem de comer carne, sem evidência científica de que isso seja possível, é apenas um dogma. Está na hora de abandoná-lo
.
artigo de Drauzio varela
Até hoje a ciência não conseguiu provar que dietas ricas em gordura animal provoquem ataque cardíaco ou encurtem a duração da vida. Quem foge de um churrasco como o diabo da cruz para poupar o coração pode estar fazendo sacrifício inútil.
A política de convencer a população a cortar carne vermelha da dieta, adotada há 30 anos por diversos países, inclusive pelo Brasil, precisa ser revista. Não apenas por falta de comprovação de suas vantagens, mas pela possibilidade de causar o estrago dos tiros que saem pela culatra: contribuir para engordar a população, como os dados epidemiológicos recentes parecem demonstrar.
Depois da Segunda Guerra, os norte-americanos ficaram surpresos com a alta incidência de infartos em homens de meia-idade e em mulheres na menopausa. Qual seria a explicação para esses casos? Certamente algo que o homem moderno andava fazendo de errado, pensaram logo.
Nos anos 1960, a contracultura atribuía à vida urbana os males que afligiam a humanidade. Muitos pregavam a alimentação vegetariana (sem defensivos químicos, é claro) como essencial à saúde plena. Nessa época, a ciência já havia demonstrado que:
1) a causa do infarto é a obstrução das artérias que irrigam o músculo cardíaco (coronárias), por placas que contêm colesterol;
2) o colesterol possui duas frações: uma delas protetora, outra potencialmente perigosa: o “bom”, ou HDL, e o “mau”, ou LDL;
3) gorduras saturadas, como as contidas na carne vermelha, no leite, nos queijos e nas frituras, provocam aumento do LDL, o colesterol “ruim”. Cortá-las da dieta faz o colesterol cair. Pouco, porém, não mais do que 10%;
4) cerca de metade dos ataques cardíacos ocorrem em pessoas com colesterol normal;
5) o risco de infarto não é o mesmo em todos os países. Finlandeses e escoceses, por exemplo, correm risco maior. Por causa da gordura na dieta, concluíram todos, sem lembrar que, entre os povos do Mediterrâneo, o consumo de gordura animal aumentou nos últimos 30 anos, enquanto a mortalidade por infarto diminuiu proporcionalmente.
Na década de 1980, um estudo da Universidade da Califórnia mostrou que a colestiramina, um dos primeiros medicamentos capazes de reduzir os níveis de colesterol, quando administrado a homens com LDL muito alto, reduzia em 1,6% o número de ataques cardíacos e em 0,4% a mortalidade.
Estavam reunidos os ingredientes para a confusão geral que viria em seguida: se um remédio que abaixa o colesterol reduz a prevalência de ataque cardíaco e se dieta pobre em gordura diminui pelo menos um pouco os níveis de colesterol, então cortar gordura da dieta só pode ser bom para o coração!
Parece lógico, mas não é. Para comprovar que a ação de uma droga tem efeito idêntico ao da retirada de um item da dieta, seria necessário um estudo com centenas de milhares de participantes seguidos por décadas, com rigor. Estima-se que um trabalho desses custasse US$ 1 bilhão, quantia que ninguém teve coragem de investir.
Apesar da inexistência desse estudo decisivo, as autoridades médicas americanas decidiram recomendar à população que reduzisse drasticamente o consumo de gordura animal. Se não fizesse bem para o coração, pelo menos ajudaria a emagrecer, imaginavam: a carne é mais calórica. Realmente, um grama de gordura produz nove calorias, contra quatro produzidas por um grama de açúcar ou de proteína.
A repercussão desse tema na mídia foi tão grande que o colesterol entrou para o repertório popular. Muitos países adotaram a moda americana: cortar gordura animal da dieta de todos, até de crianças pequenas! A oferta de alimentos com baixos teores gordurosos explodiu. Passados trinta anos, o que aconteceu?
Descontadas as pessoas que, por razões genéticas, apresentam LDL muito elevado e, de fato, correm um pouco mais de risco de ataque cardíaco mesmo com aumentos pequenos nesses valores – e por isso precisam comer menos gordura animal -, para as demais, a grande maioria da população, nenhum dos estudos realizados para provar que a ingestão de carne interfere na longevidade teve êxito.
Alguma coisa temos de comer, não é lógico? Se não for carne, será o quê? Como não é fácil substituir o bife do almoço por uma saladinha, sem carne atacamos pães, arroz, macarrão e doces, alimentos ricos em carboidratos, menos calóricos do que a carne, é verdade, mas devorados em quantidades muito maiores, compulsivamente muitas vezes, como se faz com bolos, sanduíches e chocolates.
O caso americano é didático: em 1980, cerca de 40% das calorias ingeridas na dieta vinham da gordura animal. Depois de 20 anos de campanha feroz contra a carne, reduziu-se esse número para 34% no ano 2000. Pela lógica, as pessoas deveriam ter emagrecido, já que cortaram um alimento altamente calórico! O que aconteceu? Em 1980, a obesidade afligia 14% dos americanos, hoje ultrapassou 22%.
Engordar piora o perfil lipídico, aumenta a probabilidade de desenvolver diabetes, de ter pressão alta e de levar vida sedentária. Esses, sim, são fatores que provocam risco de ataques cardíacos, de derrames cerebrais e de morte precoce.
Com exceção da citada minoria de pessoas com níveis muito elevados de LDL, prometer saúde e longevidade a todos os que deixarem de comer carne, sem evidência científica de que isso seja possível, é apenas um dogma. Está na hora de abandoná-lo
.
artigo de Drauzio varela
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